segunda-feira, 9 de abril de 2012

Conhecendo o autor(a)!

A AUTORA
Irandé Antunes

é graduada em línguas neolatinas pela Universidade Federal do Ceará, fez especialização em linguística pela Universidade Federal de Pernambuco e é doutora em linguística pela Universidade de Lisboa. Leciona na Universidade Estadual do Ceará e atua como especialista em língua portuguesa junto ao Ministério da Educação e à Secretaria de Educação de Pernambuco. É autora de Aspectos da coesão do texto; Aula de português - encontro e interação; Lutar com palavras: coesão & coerência; Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho e Língua texto e ensino - outra escola possível.

ANALISE DE TEXTOS

ANALISE DE TEXTOS - fundamentos e práticas
Irandé Antunes
O que se ensina na escola acerca do texto? Muito pouco! Só muito recentemente se vê uma ou outra menção a questões da coesão, da coerência, da intertextualidade, da relevância sociocomunicativa, da implicitude e de outras propriedades do texto.
No momento, um dos desafios para os professores é descobrir o que incluir em seus programas de estudo da língua, para além da simples repetição das categorias da morfologia e da sintaxe.
São bem oportunos todos os esforços por orientar e apoiar o trabalho dos professores em torno das questões textuais, sejam questões de sua produção, sejam de sua compreensão. A exploração dessas questões pode contribuir muito para que o professor vá descobrindo como ampliar seus programas de estudo da língua e, melhor dizendo, como preencher suas previsões de estudo com questões que são, de fato, relevantes para a ampla e atuante educação linguística de seus alunos.
É o que Irandé Antunes faz nesse livro: explorar questões do texto coeso, coerente, relevante e adequado contextualmente.

sábado, 7 de abril de 2012

Saiba de maneira rápida o que é Morfologia, Sintaxe e Semântica!


A nossa língua portuguesa é um sistema de diferentes formas e significados e de seus entrelaçamentos. Por esse motivo é sistematizada em três modos de análise de elementos que a compõe:
• Morfologia: é parte da língua que estuda os morfemas, ou seja, tudo que nos diz sobre gênero e número dos substantivos; tempo, modo, número e pessoa de um verbo e classe gramatical.
• Sintaxe: é a parte da língua que estuda o modo como o falante transmite a informação, a maneira com que organiza e relaciona as palavras em uma oração.
• Semântica: é a parte da língua que estuda o significado das palavras, os sentidos que elas podem tomar de acordo com o contexto.

Mas, o que vem a ser língua? A língua, primeiramente, nos remete a um órgão do corpo que é usado na comunicação, e é a partir daí que começamos a entender que o idioma escrito hoje foi, um dia, apenas falado. A partir desse princípio de fala, nós definimos língua como o conjunto de letras que formam palavras com sentidos diversos. E a relação dessas palavras e suas significações nós chamamos de sistema. Logo, a língua é um sistema, ou seja, um conjunto de elementos que relacionam entre si e formam um significado.

Nossa língua recebe adjetivação de “portuguesa” porque veio de Portugal, colonizador do Brasil. Porém, o português de Portugal não permaneceu em sua colônia de maneira pura e simples, mas recebeu uma conotação abrasileirada e, por isso, falamos do português do Brasil. No entanto, não só o Brasil foi colonizado pelos portugueses e fala o português, mas também outros países: Ilha da Madeira, Arquipélago dos Açores, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

Como vimos, a língua, acima de tudo, é um código social, um acordo de letras, que em combinações entre si adquirem significado para um determinado grupo social. Contudo, há uma convenção linguística, a qual permanece em uma sociedade para que a comunicação possa existir entre os falantes. Porém, não quer dizer que todo indivíduo vai escrever e falar da mesma maneira, já que cada um tem a sua particularidade e um objetivo ao se comunicar.

Há distinção ainda entre norma culta e coloquial: a primeira é estabelecida pela obediência a normas e regras da comunicação, enquanto a segunda nos remete àquela mais próxima da fala. Por isso, há o estudo da gramática da língua portuguesa, que é a averiguação da correspondência entre o que se fala ou escreve e as normas ou leis vigentes para o uso da comunicação de forma culta, polida.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O conceito de linguística.


O conceito de linguística (do francês linguistique) refere-se àquilo que pertence ou que é relativo à linguagem. A palavra também permite fazer alusão à ciência cujo objecto de estudo seja a língua.
Desta forma, a linguística, enquanto ciência, dedica-se à análise da natureza e às leis que regem a linguagem. Ao contrário da filologia, a qual se interessa pelo desenvolvimento histórico das línguas em textos escritos e no contexto da literatura e da cultura associada, a linguística procura explicar como funcionam as línguas a uma determinada altura com o intuito de compreender o seu funcionamento geral.
A linguística moderna desenvolveu-se a partir do século XIX. Com a publicação póstuma de “Curso de linguística geral” (1916), de Ferdinand de Saussure, a linguística tornou-se numa ciência integrada à semiologia. Começou por suscitar alguma polémica relativamente à distinção entre língua (o sistema) e a fala (o uso) e na definição de signo linguístico (significado e significante).
No século XX, Noam Chomsky desenvolveu a corrente do generativismo com a gramática generativa tramsformacional, que se centra na língua enquanto processo da mente do falante e na capacidade inata (genética) em adquirir e usar uma língua.
O estudo da língua enquanto sistema aplica-se em vários níveis: o fonético-fonológico (fonologia e fonética), o morfológico (morfologia), o sintáctico (sintaxe), o léxico (lexicologia e lexicografia) e o semântico (semântica).
Do ponto de vista da fala, em contrapartida, pode-se considerar o texto como sendo a unidade superior de comunicação e a pragmática, aquela que estuda a enunciação e o enunciado.
Conceito de linguística

Dica de Gramática

Gramática Pedagógica do Português Brasileiro

Mais do que uma gramática convencional, este livro é um manual destinado à formação científica dos docentes, que somente agora começam a ter à sua disposição obras que descrevem e analisam o português brasileiro contemporâneo. Aqui, além da exposição sem rodeios do funcionamento da língua majoritária dos brasileiros, o autor oferece sugestões de atividades práticas para a reflexão sobre este funcionamento em sala de aula. (Encomende aqui a sua) .

Retirado do site: www.marcosbagno.com.br

terça-feira, 3 de abril de 2012

Gêneros Textuais

São fenômenos históricos, vinculados à vida cultural e social. Fruto de trabalho coletivo, contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia
No entanto, mesmo apresentando alto poder interpretativo das ações humanas em qualquer contexto discursivo, os gêneros não são instrumentos estanques e enrijecedores da ação criativa
      Caracterizam-se como eventos textuais        altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos. Surgem de acordo  com  as  necessidades e atividades sócio­culturais, e da relação que estabelecem com as inovações tecnológicas,
o que é facilmente   perceptível ao se consi-derar a quantidade de gêneros textuais hoje existentes.
Hoje, em plena  fase  da  denominada
   cultura eletrônica, com o telefone, o gravador,
   o rádio, a TV e, particularmente  o compu-tador pessoal e sua aplicação mais  notável, 
   a intemet,  presenciamos  uma   explosão de novos gêneros e novas formas de comuni-cação, tanto na oralidade como na escrita.
   (Marcuschi -Gêneros Textuais: Constituição e Práticas Sociodiscursivas) 
           E, para que se possamos compre-ender  e   apreender   suas   diferentes   manifestações, faz-se necessário reco-nhecermos   algumas das   situações e  conceitos  fundamentais que  adotamos para  contextualizarmos   no  ambiente
  Empresarial
Os gêneros textuais no contexto empresarial
Intergenericidade
Quando um gênero assume a função ou a forma de outro, tendo em vista o propósito da comunicação. Exemplo: o gênero epígrafe po-
   de ser constituído de um poema, uma frase, um conto. O que vai fazer com que seja considerado uma epígrafe é o lugar em que o texto aparece.
Heterogeneidade tipológica
     Quando um gênero conta com a presença de vários tipos textuais; em um gênero podem estar   presentes  diferentes  tipos de textos: narrativo, argumentativo, descritivo, entre outros.
INTERTEXTUALIDADE
            A intertextualidade pode ser explícita, quando   há citação da fonte do texto pri-mário, como ocorre nos discursos  relata-dos, nas citações, nos resumos e implícita sem citação expressa da  fonte,   cabendo
   ao leitor recuperá-la para construir o sen-
   tido do texto. Esse recurso é muito usado na publicidade, no humor, na canção popular
Suportes
Locais onde os gêneros são veiculados, como um jornal, um livro ou uma revista.
é imprescindível para que o gênero circule na sociedade
Mecanismos linguísticos
Marcas lingüísticas mais ou menos   estereotipadas   identificáveis  em   cada gênero. São marcas, muitas vezes, histo-ricamente construídas nas práticas sociais que têm características próprias tanto na fala como na escrita.
Exemplos: “Era uma vez...” (abertura de narrativa); “Prezado amigo” (começo de uma carta); “Atenção” (aviso).
Domínios discursivos
            Contextos e situações (cenários) para as práticas sociodiscursivas. Constituem práticas discursivas nas quais podemos   identificar os gêneros textuais próprios ou específicos como rotinas comunicativas institucionalizadas e ins-tauradoras de relações de poder
(MARCUSCHI, 2008).
Os Gêneros textuais que circulam com mais frequência na empresa:
   Ata - Atestado - Aviso  -Bilhete - Informativos impressos -Cartas profissionais
   Circular - Reuniões presenciais -E-mails Memorando -Net-meeting
Ofício -Procedimento –Protocolo- Relatório Requerimento -Telegrama -Videoconferência

Aula Professora Goreti