Saiba tudo sobre concordância verbal e nominal e não tenha mais
problemas!
De acordo com
Mattoso Câmara “dá-se em gramática o nome de concordância à circunstância de um
adjetivo variar em gênero e número de acordo com o substantivo a que se refere
(concordância nominal) e à de um verbo variar em número e pessoa de acordo com
o seu sujeito (concordância verbal). Há, não obstante, casos especiais que se
prestam a dúvidas”.
Então, observamos e podemos definir da seguinte forma: concordância vem do verbo concordar, ou seja, é um acordo estabelecido entre termos.
O caso da concordância verbal diz respeito ao verbo em
relação ao sujeito, o primeiro deve concordar em número (singular ou plural) e
pessoa (1ª, 2ª, 3ª) com o segundo.
Já a concordância nominal diz respeito ao
substantivo e seus termos referentes: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Essa
concordância é feita em gênero (masculino ou feminino) e pessoa.
Como vimos acima, na definição de Mattoso Câmara, existem regras gerais e alguns casos especiais que devem ser estudados particularmente, pois geram dúvidas quanto ao uso. Há muitos casos que a norma não é definida e há resoluções diferentes por parte dos autores, escritores ou estudantes da concordância.
Veja com mais
detalhes esse assunto abaixo, em Concordância Verbal – Regra geral e
Concordância Verbal - Os casos especiais.
A Concordância Nominal é
o acordo entre o nome (substantivo) e seus modificadores (artigo, pronome,
numeral, adjetivo) quanto ao gênero (masculino ou feminino) e o número (plural
ou singular).
Exemplo: Eu não sou mais um na multidão capitalista.
Observe que, de acordo com a análise da oração, o termo “na” é a junção da preposição “em” com o artigo “a” e, portanto, concorda com o substantivo feminino multidão, ao mesmo tempo em que o adjetivo “capitalista” também faz referência ao substantivo e concorda em gênero (feminino) e número (singular).
Vejamos mais exemplos:
Minha casa é extraordinária.
Temos o substantivo “casa”, o qual é núcleo do sujeito “Minha casa”. O pronome possessivo “minha” está no gênero feminino e concorda com o substantivo. O adjetivo “extraordinária”, o qual é predicativo do sujeito (trata-se de uma oração com complemento conectado ao sujeito por um verbo de ligação), também concorda com o substantivo “casa” em gênero (feminino) e número (singular).
Para finalizar, veremos mais um exemplo, com análise bem detalhada:
Dois cavalos fortes venceram a competição.
Primeiro, verificamos qual é o substantivo da oração acima: cavalos. Os termos modificadores do substantivo “cavalos” são: o numeral “Dois” e o adjetivo “fortes”. Os termos que fazem relação com o substantivo na concordância nominal devem, de acordo com a norma culta, concordar em gênero e número com o ele.
Nesse caso, o substantivo “cavalos” está no masculino e no plural e a concordância dos modificadores está correta, já que “dois” e “fortes” estão no gênero masculino e no plural. Observe que o numeral “dois” está no plural porque indica uma quantidade maior do que “um”.
Então temos por regra geral da concordância nominal que os termos referentes ao substantivo são seus modificadores e devem concordar com ele em gênero e número.
Importante: Localize na oração o substantivo primeiramente, como foi feito no último exemplo. Após a constatação do substantivo, observe o seu gênero e o número. Os termos referentes ao substantivo são seus modificadores e devem estar em concordância de gênero e número com o nome (substantivo).
Exemplo: Eu não sou mais um na multidão capitalista.
Observe que, de acordo com a análise da oração, o termo “na” é a junção da preposição “em” com o artigo “a” e, portanto, concorda com o substantivo feminino multidão, ao mesmo tempo em que o adjetivo “capitalista” também faz referência ao substantivo e concorda em gênero (feminino) e número (singular).
Vejamos mais exemplos:
Minha casa é extraordinária.
Temos o substantivo “casa”, o qual é núcleo do sujeito “Minha casa”. O pronome possessivo “minha” está no gênero feminino e concorda com o substantivo. O adjetivo “extraordinária”, o qual é predicativo do sujeito (trata-se de uma oração com complemento conectado ao sujeito por um verbo de ligação), também concorda com o substantivo “casa” em gênero (feminino) e número (singular).
Para finalizar, veremos mais um exemplo, com análise bem detalhada:
Dois cavalos fortes venceram a competição.
Primeiro, verificamos qual é o substantivo da oração acima: cavalos. Os termos modificadores do substantivo “cavalos” são: o numeral “Dois” e o adjetivo “fortes”. Os termos que fazem relação com o substantivo na concordância nominal devem, de acordo com a norma culta, concordar em gênero e número com o ele.
Nesse caso, o substantivo “cavalos” está no masculino e no plural e a concordância dos modificadores está correta, já que “dois” e “fortes” estão no gênero masculino e no plural. Observe que o numeral “dois” está no plural porque indica uma quantidade maior do que “um”.
Então temos por regra geral da concordância nominal que os termos referentes ao substantivo são seus modificadores e devem concordar com ele em gênero e número.
Importante: Localize na oração o substantivo primeiramente, como foi feito no último exemplo. Após a constatação do substantivo, observe o seu gênero e o número. Os termos referentes ao substantivo são seus modificadores e devem estar em concordância de gênero e número com o nome (substantivo).
Em se tratando da concordância verbal, cumpre dizer que ela se
define pela harmonia, pelo equilíbrio que se manifesta entre o verbo e seu
respectivo sujeito. Tal equilíbrio diz respeito exatamente à adequação que se
dá entre ambos os elementos em número e pessoa.
No entanto, dados os
pormenores que norteiam os fatos linguísticos de uma forma geral, em algumas
circunstâncias pode ser que o verbo permaneça somente no singular, em outras
somente no plural e em algumas ele pode assumir ambas as posições. Estamos
falando, pois, das possíveis exceções que tendem a se manifestar. Falando
nelas, passaremos a conhecê-las a partir de agora.
1) No caso de o sujeito
estar ligado pela conjunção “ou”, tal ocorrência se encontra atrelada a alguns
princípios:
- O verbo permanecerá no
plural se o fato expresso por ele abranger todos os núcleos:
A falta de exercícios
físicos ou a má alimentação são prejudiciais à saúde.
- Havendo ideia de exclusão, o verbo permanecerá no singular:
Ou você ou ele sairá vencedor.
- Havendo ideia de exclusão, o verbo permanecerá no singular:
Ou você ou ele sairá vencedor.
- No caso de a conjunção
ligar palavras ou expressões sinônimas, o verbo permanecerá no singular:
Classes gramaticais ou
classes de palavras integra os estudos
morfológicos.
- No caso de a conjunção
indicar probabilidade ou retificação, o verbo concordará com o segundo núcleo:
O aluno ou os alunos responsáveis pelo ato serão punidos.
2) Em casos relacionados
a sujeito ligado pelas expressões nem...nem:
- No caso de o fato
expresso fazer referência a todos os núcleos, o verbo permanecerá no plural:
Nem a ascensão social nem
o acúmulo de riquezas lhe proporcionaram alegrias.
3) Quando o sujeito for
representado pelas expressões “um e outro” ou “nem um nem outro”, o verbo
poderá permanecer no singular ou ir para o plural:
Um e outro atrapalhava a aula constantemente.
Um e outro atrapalhavam a aula constantemente.
Nem um nem outro conseguiu concluir a pesquisa.
Nem um nem outro conseguiram concluir a pesquisa.
Um e outro atrapalhavam a aula constantemente.
Nem um nem outro conseguiu concluir a pesquisa.
Nem um nem outro conseguiram concluir a pesquisa.
ASPECTO
IMPORTANTE:
- No caso de haver
reciprocidade de ação, o verbo permanecerá somente no plural:
Um e outro convidado se cumprimentavam afavelmente.
4) No caso de o sujeito
ser seguido de um aposto resumidor (tudo, nada, ninguém, cada um) o verbo
concordará com o aposto:
Festas, viagens, reunião
com amigos, nada o comovia.
5) Quando o sujeito for
representado por infinitivos, tal ocorrência obedece aos seguintes critérios:
- Caso não haja
determinante o verbo ficará no singular:
Caminhar e dormir faz bem à saúde.
- No caso de haver
determinação, o verbo permanecerá no plural:
O lutar e o progredir constituem a conduta humana.
- Se os infinitivos
indicarem ações opostas, o verbo permanecerá no plural:
Lutar e desistir são dissociáveis.
6) A concordância com o
pronome “se” se encontra relacionada a alguns pressupostos:
- Se o pronome “se” for
classificado como índice de indeterminação do sujeito, o verbo ficará na
terceira pessoa do singular, fazendo referência a verbos intransitivos,
transitivos indiretos ou de ligação:
Vive-se bem aqui. (intransitivo)
Era-se mais contente. (verbo de ligação)
Acredita-se em dias melhores. (verbo transitivo indireto)
- Quando o pronome for
apassivador, o verbo concordará com o sujeito paciente, em se tratando de
verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos:
Discutiu-se essa questão. (Essa questão foi discutida)
Entregaram-se as medalhas aos vencedores. (As medalhas foram entregues aos vencedores)
7) Casos em que o sujeito
é ligado por conjunções correlativas, expressa por “não só... mas também,
tanto...quanto, não só...como também”, entre outras, o verbo tanto pode
permanecer no singular como ir para o plural:
Não só os aplausos, mas
também os gritos nos incomodava.
Não só os aplausos, mas também os gritos nos incomodavam.
Não só os aplausos, mas também os gritos nos incomodavam.
8) Nos casos relacionados
aos verbos “dar, soar e bater”, esses concordam com a expressão numérica que
indica as horas:
Soaram dez horas no relógio da matriz.
Deu uma hora naquele relógio da parede.
9) O verbo “parecer”, uma
vez anteposto a um infinitivo, admite duas construções:
- Quando o infinitivo for
flexionado, o verbo “parecer” permanece invariável:
Os dias parece demorarem a passar.
- No caso da flexão do
verbo “parecer”, o infinitivo não varia:
Os dias parecem demorar a passar.
10) Quando um verbo no
infinitivo aparecer acompanhado de um sujeito representado por pronome oblíquo
átono antecedido dos verbos “deixar, fazer, perceber e mandar”, esse permanece
invariável:
Deixe-as entrar, pois são da família.
Mande-os sair rapidamente.
11) Em casos relacionados
à expressão “haja vista”, segundo os preceitos gramaticais, ela deve sempre
permanecer invariável:
Não haverá grandes
transtornos, haja vista os propósitos antes firmados.
12) A concordância com
verbos impessoais é demarcada por alguns pressupostos, entre os quais:
- No caso dos verbos que
expressam fenômenos da natureza, o verbo permanece na terceira pessoa do
singular:
Choveu muito à noite.
Trovejou bastante hoje.
Trovejou bastante hoje.
- Os verbos “fazer” e
“estar”, indicando tempo ou clima, permanecem na terceira pessoa do singular:
Faz dois anos que não o vejo.
Está frio aqui.
- No caso do verbo
“haver”, ora indicando tempo decorrido, existência, ocorrência ou
acontecimento, esse sempre deverá permanecer invariável (ficando na terceira
pessoa do singular):
Havia pessoas dispostas e interessadas. (existiam)
Há dois dias que não a vejo por aqui. (tempo
decorrido)
13) O verbo “ser” também
representa um caso que obedece a alguns princípios específicos, sendo esses
manifestados por:
- Fazendo referência a
datas, horas e distância, embora assumindo a condição de impessoal, o verbo
concorda com a expressão a que se refere:
Já é quase uma hora.
Daqui até lá são dois quilômetros.
- No caso de o sujeito
ser representado por uma expressão numérica, o verbo “ser” deverá permanecer no
singular:
Dez minutos para mim é pouco.
- Em casos de frases
demarcadas pela locução “é que”, o verbo “ser” concorda com o substantivo ou
pronome antecedente:
Nós é que fomos os responsáveis pelo
projeto.
- No caso de o sujeito
ser representado pelos pronomes “tudo, isso, aquilo ou isto”, o verbo “ser”
poderá concordar com o sujeito ou com o predicativo:
Tudo eram superstições sem sentido.
Aquilo era bobagem.
- Nos casos em que há a
ocorrência de sujeito e predicativo, a concordância do verbo “ser” se dá com
palavras que se sobressaem entre as demais. Vejamos, pois, alguns casos:
* Em casos referentes à
pessoa e coisa, a concordância se manifesta em relação à pessoa:
A população são as mulheres.
* Quando se tratar de
nome próprio e nome comum, a concordância prevalecerá sobre o nome próprio:
Machado de Assis era as
atrações da Bienal do Livro.
- Em casos referentes à
singular e plural, prevalece a concordância relativa ao plural:
A mochila eram panos e zíperes.
- Em se tratando de
pronome reto e qualquer outra palavra, a concordância se manifesta com o
pronome reto:
O professor sou eu.
Os líderes somos nós.
14) Concordância
ideológica representa a concordância que se manifesta não com o termo expresso
na oração, mas com a ideia nela contida. Dessa forma, há três modalidades de concordância:
* Concordância de gênero – manifesta-se quando a concordância se dá com
o gênero gramatical:
Vossa Majestade parece
ansioso.
* Concordância de número – ocorre quando a concordância se dá com o
número gramatical:
A multidão queriam que os
portões fossem abertos.
* Concordância de pessoa – manifesta-se quando a concordância se dá com
a pessoa gramatical:
Os brasileiros somos
todos patriotas.
Vimos, por meio das
elucidações aqui expostas, os muitos casos relativos à concordância verbal.
Casos esses que fogem um pouco ao tradicional, dada a presença dos muitos
pormenores com os quais compartilhamos. Dada essa realidade, torna-se
interessante também conhecermos os casos referentes a sujeito simples e composto.
Fonte:
Por Sabrina
Vilarinho e Vânia
Duarte -Graduadas em
Letras
www.brasilescola.com
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